segunda-feira, 15 de agosto de 2011

More Than Just Brothers - Cap. I

Título: More than just brothers
Autor(es): Holly K. (Beta: myself ^^)
Par(es): Bill & Personagem Feminino; Tom & Personagem Feminino
Gênero(s): Het/Romance/Drama
Classificação: +18
Disclaimer: Nenhum dos personagens me pertence [infelizmente]

Nota: Algumas cenas podem ser consideradas como pedófilas. Quem não se sente bem com esse tipo de situação, por favor NÃO LEIA.
Completa: Não


Nem me lembro quando foi a última vez que vi meus irmãos. Mas tenho muitas lembranças de infância... fui muito feliz com eles. Não tente entender; nosso amor era algo tão puro, tão infantil... tão perigoso.

Minha mãe, Simone, conheceu meu pai um pouco antes da separação dela. Sim, não sou irmã completa deles, e isso, por um lado, é ótimo pra mim. Só sei que o pai deles nunca foi muito presente... sempre bebendo, sempre brigando. Ao contrário do meu pai. Gordon, ou Trümper como eles o chamavam, sempre foi muito cuidadoso com a gente. Conheceu minha mãe e eles decidiram se juntar. E foi aí que eu nasci... e fiz parte da família. Meu pai quis me chamar de Madonna, adivinhem o motivo disso. Ele, como músico e também como pessoa, era apaixonado pela Madonna. Mas minha mãe decidiu me chamar de Nicole. Mas prefiro que me chamem de Nick. Ou liebling, como ele sempre me chamava.

Nasci em 31 de outubro de 1991, “num dia chuvoso e ensolarado”, como papai insiste em dizer. E meus irmãos sempre me trataram bem. Nunca fizeram nenhuma diferença comigo, nem minha mãe. Antes de ir pra escola, nós nos arrumávamos e mamãe fazia pra cada um o seu lanche. Nem Tom, nem Bill, gostavam de levar lanche pra escola. “Isso é coisa de mariquinha!” – Tom dizia. E eu ria da cara deles... levando lanche pra escola. Nunca me importei com isso, na verdade, eu era meio afastada deles na escola. Eu participava do grupo de meninas e eles... ficavam sozinhos. Não só pelo fato de estudarmos em séries diferentes, mas eles também nunca foram de muitos amigos, até porque a aparência esquisita deles não permitia muita sociabilidade. Lembro-me que certo dia o professor de matemática riu de Tom por causa do novo cabelo dele. Um sempre respondia pelo outro. Conclusão: os dois desceram imediatamente pra diretoria, pois “foram muito mal-educados para com o professor”. Minha mãe era a que mais enlouquecia com essa história. Dizia que eles precisavam ser meninos direitos, meninos educados. “Mas ele riu do Tom, mãe!” Não importa, nunca importa. O importante é vocês ficarem quietinhos na escola.

Toda essa situação, de certa forma, os encorajou para a música. Papai deu o maior apoio, desde o começo, para que eles começassem com música. E qualquer situação nova, no final do dia, virava uma letra pronta para se transformar em música. Mas eu nunca tive muito jeito pra isso. Por isso me orgulho deles, demais.

Mas uma hora, a gente acaba crescendo. Eu, de moça gordinha e cabelo liso escorrido escuro e dentes tortos, também cresci. E cresci um pouco antes do tempo, se é que me entendem. Sempre tive jeito pra coisa, e os meninos me excitavam desde o começo. Mas, os proibidos, os que não deveriam ser nada além de irmãos em minha cabeça... viraram minhas paixões proibidas. Como já disse, não tente entender! Os sentimentos que tenho por eles são tão intensos que até poderiam virar uma peça dramática de Shakespeare.

Como ia dizendo, eu também cresci, e meu corpo se transformou em algo fantástico. Com pouca idade eu já sabia [e queria] botar os mais velhos na loucura. E sempre brinquei com essa parte lolita da minha personalidade. Mas eu era fiel. Era fiel a eles, meus irmãos. Como se minha alma gêmea tivesse se dividido em duas, só pra me complicar um pouco mais. O engraçado é que os dois, apesar de serem gêmeos, têm uma personalidade muito complexa; ambos são faces da mesma moeda. Tom, sempre com seu jeito tímido, sempre conseguindo o que queria. Bill, sempre desbocado, sempre sozinho. Eu sentia neles uma competição, uma corrida. Um insistia em colocar o outro em posição inferior, seja por causa de garotas, ou por “um tocar melhor que o outro”, enfim, eles sempre discutiam. Eram extremamente críticos, não só com as pessoas em sua volta, mas com eles próprios. Bill sempre reclamava do tom de sua voz, às vezes era muito grossa, e depois era muito fina. Tom achava que não conseguiria tocar nenhuma música direito. As críticas sempre fizeram parte da vida deles, mas eles nunca conseguiram me criticar. Eu era sempre a liebling perfeitinha, a pirralhinha preferida deles. Bill adorava me chamar de pirralha. E acho que foi por causa disso que todo aquele sentimento começou a crescer em mim. Eles eram minhas inspirações, meus homens, meus irmãos, e de vez em quando eles eram meus pais. Brincavam comigo, me davam comida quando mamãe não estava, me mimavam. Era um amor diferente dos meus pais, sem dúvida. Mamãe e papai viviam trabalhando, e eu preferia ficar na mão deles do que qualquer babá metida a esperta. E eles sempre foram responsáveis comigo. Até me davam banho... ah sim, o banho.

Certo dia, me lembro vagamente, acho que tinha uns 7 anos. Bill decidiu fazer chocolate quente, mas sempre foi muito espertinho pra fazer comida e no final, estávamos com chocolate quente derretido pela cara.

- Temos que dar banho nessa pirralha, antes que mamãe chegue e mate a gente no grito! – Bill dizia, rindo. Tom, com todo o carinho, me puxou até o banheiro. Ficava todo sem jeito para tirar a roupa, comigo foi a mesma coisa. Ele foi ligar o chuveiro e eu encarava, vocês sabem, aquilo.

- Se a gente for depender do Bill pra comida, a gente morre de fome! – Tom disse, rindo e passando shampoo no meu cabelo. Mas eu não conseguia parar de encarar.

- Tommy... o que é isso? – Eu apontei. Seu rosto ficou vermelho, e não era por causa da água quente do chuveiro.

- Isso, liebling... é minha torneirinha.

- Sua torneirinha? Eu tenho torneirinha?

- Não, só os homens têm torneirinha. Mulheres têm florzinhas. – Ele engoliu seco. Tom também sempre foi meio prodígio, sempre descobria tudo. Mas não sabia falar pra mim sobre a torneirinha dele.

- Posso tocar? – Eu perguntei. Lembro-me bem da cara de assustado que ele fez. Desligou o chuveiro e disse:

- Um dia, liebling. Um dia. Agora vamos ajudar o desastrado a arrumar a cozinha. – Ele me vestiu. Nunca mais me esqueci da torneirinha; e do que ele me disse. “Um dia, liebling... um dia.”