segunda-feira, 15 de agosto de 2011

(Nov. 24th, 2008) More Than Just Brothers - Cap. II

Engraçado que esse tipo de situação voltaria a acontecer. Como eu já havia citado, eram duas faces de uma moeda. E eu estava lidando com tudo aquilo. O que me diferenciava em um, me igualava em outro. Tom sempre teve um estilo diferente do meu. Mas Bill, nós sempre fomos muito parecidos. Escutávamos as mesmas músicas, nos vestíamos do mesmo jeito. Ele até mesmo escureceu o cabelo; isso me fez querê-lo ainda mais. Eu me sentiria, de certa forma, incompleta, se não tivesse ele junto de mim.

Certa noite, quando eu tinha uns 9 anos, um temporal caía na cidade. Iria pedir para Tom dormir comigo, mas ele já estava em seu sono pesado. Então, delicadamente, eu perguntei se poderia dormir com Bill – ele, menino de coração puro e nobre, aceitou na hora.

- Billy, você vai deixar seu cabelo crescer? – Nós estávamos abraçados e ele abriu um olho, de um modo engraçado.

- Acho que sim... você vai gostar se eu deixar o cabelo crescer? – Sorriu. Lembro que meu coração acelerava toda vez que via aquele sorriso. Abracei-o com mais força.

- Mas é claro que sim! – Eu ri. Ele voltou a fechar os olhos. – Billy... você tem torneirinha?

- Claro! Temos duas: uma na pia da cozinha e outra no banheiro... por quê?

- Não é essa torneirinha, seu bobão! – Ele se assustou. Lógico que eu, com meus gloriosos 9 anos, já tinha uma noção do que a bendita torneirinha fazia. Mas ele, menino de coração puro, nobre e verdadeiro, quis me contar.

- Isso não é torneirinha, pirralha! A gente usa isso pra colocar dentro daquilo que você tem embaixo. Assim que nascem os bebês, irmãzinha. Homens colocam a torneirinha dentro da mulher e enfim, abrem a torneira. Ah, esquece isso Nick, vamos dormir. – Ele virou-se de costas para mim.

- Posso ver sua torneirinha? – Eu sussurrei.

- Mas é claro... que não! – Ele estava ficando nervoso. Voltou a me encarar. – Você é minha irmã! Eu só posso mostrar a minha torneirinha pra mulheres.

- Mas eu não sou mulher? – Fiz meu segundo irmão engolir seco também. Ele suspirou.

- Sim, mas isso não me dá o direito de mostrar minha torneirinha pra você. Tomou café hoje? Não tá conseguindo dormir?

- Não, porque eu quero saber se algum dia você vai enfiar a sua torneira em mim. – Ele ficou de costas novamente, mais um suspiro.

- Vai dormir, pirralha. Depois a gente conversa sobre isso.

Não me dei por convencida naquela noite. Eu poderia esperá-lo cair no sono e aí me aproveitar da situação... mas enfim, eu tinha 9 anos.

Depois de alguns anos de muita brincadeira e muita infantilidade, a gente acaba enjoando de brincar de boneca. Minha mente pré-adolescente já ditava muitas coisas. Eu já me achava rainha do mundo – invencível e perfeita! – e que ninguém poderia me negar algo. Nem mesmo meus irmãos...

E com 11 anos, eu presenciei o primeiro contato com sexo. Ou melhor, o sexo solitário.

Tom sempre demorou bastante no banho. E por motivos óbvios. Mas eu nunca tinha, de fato, visto um rapaz, vocês sabem...

Era uma noite de sábado. Mamãe havia saído com papai, algo que não faziam há um bom tempo. Tom já tinha começado a sua vida adolescente e provavelmente estava com alguma garota. Éramos apenas eu e Bill na casa. Estava meio cedo, mas eu comecei a sentir sono e decidi deitar-me um pouco. Mas no meio da noite, a sede veio interromper meus sonhos. Desci, fui até a cozinha, reparei a TV ligada e sem som que Bill encarava, mas sem me tocar do que ele realmente estava assistindo. Tomei um bom copo d’água gelado e decidi ver meu irmãozinho.

- Bill Kaulitz! – Eu gritei. Ele estava ocupado com sua mão e sua... torneirinha? – O que você está fazendo?!

- Nicole, se você contar isso pra mamãe, eu juro que você vai acordar morta, tá me escutando?!! – Ele estava em choque. Desligou a TV rapidamente e levantou as calças.

- Billy, eu não sabia que você era assim tão tarado! – Eu ri.

- Cale a boca, pirralha. Não posso nem ter mais privacidade nessa casa! Maldito sono que você tem! – E quanto mais ele gritava, mais eu ria. Ele estava tão vermelho e bravo!

- Calma, irmãozinho! – Eu me aproximei. – Você poderia ter pedido minha ajuda, se quisesse. – Mordi os lábios. Não disse que tinha um lado lolita dentro de mim?

- Eu... eu vou dormir. Boa-noite. – Ele foi até seu quarto, em passos rápidos. Depois daquela cena, havia perdido o sono. Voltei até a cozinha e tomei um leite, para me acalmar. Tudo aquilo não saía da minha mente... sua face em extremo prazer, repetindo-se sem parar em minha cabeça. Passei no quarto dele, mas ele já estava dormindo, ou fingindo dormir. Meu quarto era separado do deles [talvez por mamãe já saber do perigo que tinha parido?] e decidi voltar pra minha cama. Claro que não consegui dormir, enfim, minha excitação não deixou. Sei que é horrível tocar-se pensando em seu irmão, não tente entender isso também. Depois daquela noite, eu deitava pensando em como seria vê-lo no banho, ou beijando outra mulher, ou me beijando. Era algo incontrolável.